8 características da Literatura Russa

A seguir você conhecerá as 8 características principais da Literatura Russa por meio do diálogo de dois colaboradores do nosso site. Um deles é o Lucas, um jovem universitário de 19 anos, esperto e curioso. O outro, o Araújo, um professor aposentado de literatura, culto, cordial e espirituoso. O cenário é um banco de praça em uma tarde outonal, onde os dois costumam conversar. 


[Introdução]

Lucas está sentado em um banco de praça com um exemplar de capa surrada de Os Irmãos Karamázov sobre o colo. Ao ver o velho professor Araújo se aproximar com seu indefectível chapéu de feltro, levanta os olhos com entusiasmo.

Lucas: Professor Araújo! Que sorte a minha encontrar o senhor hoje. Preciso dizer: estou absolutamente fascinado com Os Irmãos Karamázov. Nunca li nada assim… é como se Dostoiévski estivesse falando direto com a alma da gente.

Araújo: (sorri) Ah, meu caro Lucas, bem-vindo ao clube dos que não saem ilesos da literatura russa. Dostoiévski, em especial, costuma deixar marcas profundas.

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1. Temas Filosóficos e Existenciais

Lucas: O mais impressionante é como o livro parece ir além da história — ele me convida a pensar sobre a vida, o bem, o mal, Deus… Isso é comum nos escritores russos?

Araújo: Absolutamente. A literatura russa mergulha de cabeça em questões existenciais e filosóficas. Escritores como Dostoiévski, Tolstói e Turguêniev não escrevem apenas para entreter — eles querem discutir os grandes dilemas da condição humana: fé, morte, liberdade, culpa, propósito. Em Dostoiévski, a espiritualidade trava duelo com o niilismo. Em Tolstói, a busca por sentido ultrapassa até a grandiosidade de Guerra e Paz. O existencialismo russo veio antes de Sartre ou Camus — e, em muitos sentidos, é mais visceral.

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2. Profundidade Psicológica

Lucas: É isso que me intriga… os personagens não são só “personagens”, parecem pessoas de verdade, cheios de contradições. É como se eu visse o interior deles se debatendo. É incrível! 

Araújo: Eis aí outra marca notável da literatura russa: a profundidade psicológica.

Dostoiévski é talvez o maior psicólogo da literatura — e não digo isso só eu, Freud também reconhecia isso.

Ele não descreve sentimentos; ele os encarna. Em Crime e Castigo, você sofre com Raskólnikov como se fosse seu irmão. E em Os Irmãos Karamázov, cada irmão é uma força psíquica, uma alma à deriva ou em confronto com algo maior do que si.

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3. Realismo e Crítica Social

Lucas: E mesmo tratando de temas tão profundos, o texto parece muito “pé no chão”… cheio de detalhes da vida russa. Aquilo tudo realmente acontecia?

Araújo: Ah, sim. O realismo russo é talvez o mais cru e honesto do século XIX. Eles retratavam desde a opulência da nobreza até a miséria do camponês com uma fidelidade quase jornalística. Tolstói, Tchékhov, Gógol — todos capturaram a sociedade como ela era. Mas não era só retrato: era denúncia. Falam da pobreza, da burocracia sufocante, da desigualdade, da hipocrisia dos poderosos.

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Não por acaso, muitos foram censurados ou perseguidos.


4. Religiosidade e Espiritualidade na Literatura Russa

Lucas: No livro, tem uma carga religiosa fortíssima… especialmente em Aliócha e no padre Zóssima. Isso reflete a cultura russa da época?

Araújo: Reflete sim, e profundamente. A literatura russa é atravessada pela espiritualidade, sobretudo pelo cristianismo ortodoxo. A religião aparece tanto como consolo quanto como campo de batalha moral.

Em Dostoiévski, o debate entre fé e ateísmo é encenado com uma intensidade tremenda.

A ideia de redenção, de sacrifício, de transcendência é central. Até os mais céticos dos personagens carregam um anseio pelo divino — ou, ao menos, uma angústia diante do seu silêncio.


5. O “Homem Supérfluo” na Literatura Russa

Lucas: O Ivan, por exemplo, me parece um personagem que tem tudo pra dar certo, mas vive em crise. É um tipo comum na literatura russa?

Araújo: Excelente observação, Lucas! Esse é o “homem supérfluo”, uma figura recorrente na literatura do século XIX. Um sujeito inteligente, sensível, mas inadaptado. Ele não se encaixa, se ressente, se destrói. Está em Turguêniev, em Lérmontov, em Púchkin… e sim, em Ivan Karamázov. É o intelectual desiludido com as instituições, mas impotente para transformá-las — um retrato da Rússia pré-revolucionária.


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6. Comunidade e Identidade Coletiva

Lucas: Mesmo assim, os personagens nunca estão sozinhos no mundo. Sempre há um peso da família, da sociedade, da Rússia como um todo…

Araújo: Justamente! A literatura russa raramente trata o indivíduo isolado. Ela investiga como ele se relaciona com o todo: com a família, com o povo, com a história nacional. Tolstói, por exemplo, via a vida individual como inseparável do tecido histórico. Em Guerra e Paz, as escolhas dos personagens são como ondas num mar maior.

A noção de coletivo — seja para opressão ou redenção — está sempre presente.


7. Simbolismo e Misticismo na Literatura Russa

Lucas: E tem uns momentos em que o realismo parece se desfazer… quase como se fosse sonho, ou visão. Isso é comum?

Araújo: Sim, e isso nos leva a outro traço: o simbolismo e o misticismo. Gógol, por exemplo, era mestre em misturar o grotesco ao sobrenatural. Bulgákov, mais tarde, faria isso com maestria em O Mestre e Margarida. Esses elementos criam camadas ocultas de interpretação — como se o mundo visível fosse só a superfície de algo muito mais denso. O fantástico russo não é mera fantasia: é metáfora, crítica, profecia.

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8. Beleza Trágica na Literatura Russa

Lucas: O mais curioso é que, mesmo com toda essa dor, eu acho tudo… bonito. Existe beleza nesse sofrimento?

Araújo: Ah, meu jovem, você já está fisgado. O que você chama de “beleza na dor” é justamente o pathos russo. Uma estética da melancolia, onde a tragédia revela a grandeza da alma. Sofrimento, para eles, não é apenas desgraça: é transformação, revelação, poesia. É por isso que você termina a leitura com lágrimas nos olhos e um estranho consolo no peito.


Lucas: Professor… depois dessa conversa, acho que estou perdido para sempre na literatura russa.

Araújo: (sorri, colocando a mão no ombro do rapaz) Pois então está salvo, Lucas. Porque quem se perde por esses livros, reencontra uma parte esquecida de si mesmo.


E você, foi fisgado também? Continue lendo sobre Literatura Russa a seguir:

Dostoiévski: O Sonho de um Homem Ridículo

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