Akira Kurosawa e a origem de Rashomon (1950) Akira Kurosawa e a origem de Rashomon (1950)

Akira Kurosawa e a origem de Rashomon

Você já assistiu ao clássico filme de Akira Kurosawa, “Rashomon” (1950)? Pois saiba desde já que essa grande obra foi inspirada na literatura do escritor Ryūnosuke Akutagawa. Esse autor, que nasceu em 1892 e viveu apenas 35 anos, legou ao mundo mais de 150 contos em sua breve vida. Acima de tudo, entre suas obras de destaque encontramos “Em um bosque”, que inspirou Kurosawa. 😮

Aliás, o próprio conto “Rashōmon” também contribuiu para o filme, com seu título e cenas ambientadas no famoso portão que tem esse nome. Assista ao trailer!

Em primeiro lugar, por que vale a pena ler “Em um Bosque”, de Akutagawa? Porque o contista convida o leitor a desvendar o assassinato de um samurai. Nesse processo, acima de tudo, ele questiona a confiabilidade da memória e a natureza da realidade.

Cada testemunha tem seu ponto de vista. Onde está a verdade? 🤔

De modo geral, as histórias de Akutagawa demonstram sua abertura a influências externas, reunindo obras clássicas do Ocidente e do Oriente, sem distinção. Em outras palavras, ao reescrever contos tradicionais com “pegada” moderna, ele acabou se tornando o pai do moderno conto japonês. 🔥

Akira Kurosawa e a origem de Rashomon (1950)
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Além disso, o Prêmio AKUTAGAWA foi criado em 1935 por Kan Kikuchi, então editor da revista Bungeishunjū, em memória a Akutagawa. A honraria é considerada um dos mais prestigiados prêmios literários japoneses. 👏👏👏👏👏

Concluindo, este post fica como uma dupla recomendação: leia Akutagawa e assista Akira Kurosawa “Rashomon”.

Akira Kurosawa em poucas linhas

  1. Influência e Revolução no Cinema:

    • Antes de mais nada, Akira Kurosawa (1910-1998) é reconhecido como um dos cineastas mais influentes da história do cinema. Sua abordagem inovadora e suas contribuições técnicas e narrativas causaram um impacto profundo nessa arte.
  2. Carreira de Cinco Décadas:

    • Kurosawa dirigiu filmes por aproximadamente cinquenta anos, de sua estreia com “Sanshiro Sugata” (1943) até seu último filme “Madadayo” (1993). Ou seja, além de influente, foi um dos artistas mais prolíficos da sua área.
  3. Filmes Icônicos: “Os Sete Samurais” e “Rashomon”:

    • “Os Sete Samurais” (1954) e “Rashomon” (1950) são, de fato, dois de seus filmes mais famosos e influentes. “Rashomon” é particularmente conhecido por sua estrutura narrativa inovadora, ao passo que “Os Sete Samurais” estabeleceu muitas convenções do gênero de ação e aventura.
  4. Desafios Pessoais e Profissionais:

    • Kurosawa enfrentou dificuldades significativas em sua carreira, incluindo problemas financeiros e a resistência dos estúdios japoneses, que eventualmente cederam. Apesar dos obstáculos, sua paixão pelo cinema o manteve ativo e produtivo. Ele perseverou e foi bem sucedido.
  5. Adaptações de Clássicos da Literatura:

    • Muitos dos filmes de Kurosawa são adaptações de obras literárias clássicas. “Ran” (1985) é uma adaptação de “Rei Lear”, de Shakespeare. Da mesma forma, “O Idiota” (1951) é baseado na obra homônima de Dostoiévski.
  6. Temas Universais:

    • Os filmes de Kurosawa frequentemente exploram temas universais como honra, morte, e a condição humana. Sua capacidade de tocar em questões profundas e atemporais é uma das razões de seu sucesso duradouro.
  7. Técnicas Cinematográficas Pioneiras:

    • Kurosawa foi um inovador em termos de técnicas cinematográficas, incluindo o uso de múltiplas câmeras, cortes rápidos e o uso expressivo da luz e sombra. Essas técnicas influenciaram muitos cineastas ocidentais e orientais.
  8. Legado e Influência de Akira Kurosawa:

    • Filmes como “Rashomon” e “Os Sete Samurais” têm impacto até hoje. “Rashomon” introduziu a técnica de narrativa com múltiplos pontos de vista. Além disso, “Os Sete Samurais” inspirou o western “Os Sete Magníficos” (1960).
  9. Prêmios e Reconhecimento:

    • Kurosawa recebeu numerosos prêmios, incluindo um Oscar honorário em 1990 pelo conjunto de sua obra, o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “Rashomon” em 1951, e a Palma de Ouro em Cannes por “Kagemusha” em 1980.

Em conclusão, Akira Kurosawa é, sem dúvida, um dos mestres do cinema, com uma carreira marcada por inovações técnicas, narrativas profundas e um impacto duradouro na indústria cinematográfica global.

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