“A Cabeça do Santo”, de Socorro Acioli – com as bençãos de García Márquez

Lucas está sentado em um café acolhedor, onde o aroma de café forte se mistura com o som suave de jazz ao fundo. Em suas mãos, segura uma cópia amassada e sublinhada de “A Cabeça do Santo”. Enquanto observa a chuva cair fina do lado de fora, vê o professor Araújo entrar, sacudindo o guarda-chuva e ajustando seus óculos. Lucas acena animadamente, chamando-o para a mesa já bastante rodeada de livros e ideias.

Lucas: Professor, comecei “A Cabeça do Santo” da Socorro Acioli. Conhece?

Araújo: Ah, esse é bom demais! Especialmente sabendo que foi desenvolvido na oficina do Gabriel García Márquez. O que achou?

Lucas: Achei genial! Samuel ouve preces dentro da cabeça de uma estátua de santo Antônio. Imagina só?

Araújo: É um dom incrível, mas também um baita desafio. Ele já começa a jornada atendendo ao último pedido da mãe, né?

Lucas: Sim. E fazer essa caminhada no sertão cearense? Valente demais! E quando ele chega em Candeia, a cidade parece um cenário de filme.

Araújo: A cabeça oca da estátua como abrigo… é surreal. Essas vozes femininas capturam algo místico e real ao mesmo tempo.

Lucas: E com Francisco, um parceiro pra empreender nessa história! A cidade renasce com o dom do Samuel.

Araújo: Imagina transformar preces em eventos e trazer vida à cidade? Isso mostra a criatividade da Acioli.

Lucas: E aquele amor pela voz misteriosa? Achei isso tão poético! Só fiquei triste quando terminou.

Araújo: Entendo, despedir-se dos personagens é difícil. Ainda mais sabendo que a história nasceu numa oficina em Cuba com García Márquez.

Lucas: Mia Couto adorou, e o Agualusa falou que é quase um sonho de García Márquez. Isso é incrível!

Araújo: É uma conexão poderosa entre o realismo mágico e a cultura local que ela captura tão bem.

Lucas: E a obra vai virar filme! Mal posso esperar pra assistir.

Araújo: Vai ser ótimo ver essa magia na tela. A obra de Acioli merece mesmo todo esse destaque.

Lá fora, a chuva enfraquece, mas nenhum dos dois quer parar de conversar…

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