Mark Twain, o criador de “As Aventuras de Tom Sawyer”, sempre teve um senso de humor afiado e um olhar atento para as ironias da vida. Mas uma coincidência cósmica fez com que sua própria existência se tornasse um de seus contos mais inacreditáveis.
Twain nasceu em 30 de novembro de 1835, exatamente duas semanas depois da passagem do cometa Halley.
Por alguma razão, ele acreditava que o fenômeno celeste estava ligado ao seu destino. Em 1909, já idoso e reflexivo, fez uma profecia inesperada:
— “Eu cheguei com o cometa Halley em 1835. Ele voltará no ano que vem, e espero ir embora com ele.”
Poucos levaram a sério essa declaração, mas Twain estava certo. Em 20 de abril de 1910, o cometa Halley iluminou os céus da Terra. No dia seguinte, Mark Twain morreu de ataque cardíaco, cumprindo sua própria previsão.
Seu falecimento não passou despercebido. Jornais ao redor do mundo destacaram o evento como uma das maiores coincidências da história. Seria apenas azar? Ou Twain sabia de algo que os outros não sabiam?
O fato é que, assim como suas histórias, sua própria vida foi marcada por um humor irônico, uma narrativa impecável e um final tão inesperado que poderia muito bem ter saído de sua pena.
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SAIBA MAIS SOBRE A VIDA E A OBRA DE MARK TWAIN
Samuel Langhorne Clemens, conhecido como Mark Twain, foi um renomado escritor e humorista americano que cativou o público com suas histórias envolventes e críticas sociais perspicazes. Nascido em 1835, em Florida, Missouri, Twain cresceu em Hannibal, às margens do rio Mississippi, um cenário que se tornaria uma presença constante em suas obras.
Desde cedo, Twain demonstrou seu talento para a escrita e o humor. Após trabalhar como aprendiz de tipógrafo e jornalista em diversas cidades, ele se aventurou como piloto de barcos a vapor no Mississippi, uma experiência que lhe proporcionou um profundo conhecimento da vida e da cultura ao longo do rio.
Sua carreira literária decolou com a publicação do conto “The Celebrated Jumping Frog of Calaveras County” em 1865, que o catapultou para a fama nacional. A partir daí, Twain se dedicou à escrita de romances, contos, ensaios e diários de viagem, sempre com um toque de humor e uma crítica social afiada.
Entre suas obras mais famosas, destacam-se “As Aventuras de Tom Sawyer” (1876) e “As Aventuras de Huckleberry Finn” (1885), que se tornaram clássicos da literatura americana.
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“Huckleberry Finn”, em particular, é frequentemente considerado sua obra-prima, um retrato pungente da sociedade americana do século XIX, com suas desigualdades raciais e injustiças sociais.
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Twain não se limitou à ficção. Seus diários de viagem, como “A Tramp Abroad” (1880) e “Roughing It” (1872), são relatos divertidos e perspicazes de suas experiências em diferentes partes do mundo. Ele também escreveu sobre suas experiências como piloto de barcos a vapor em “Life on the Mississippi” (1883), uma obra que mistura memórias, história e reflexões sobre a cultura americana.
Além de sua produção literária, Twain era um palestrante, atraindo grandes públicos com seu carisma e humor. Ele também se envolveu em diversas causas sociais e políticas, defendendo os direitos dos afro-americanos e criticando o imperialismo americano.
Apesar de seu sucesso e reconhecimento, Twain enfrentou dificuldades financeiras ao longo de sua vida, devido a investimentos malsucedidos e à sua generosidade em ajudar amigos e familiares. No entanto, ele nunca deixou de escrever e de se expressar sobre os temas que lhe eram caros.
Mark Twain faleceu em 1910, deixando um legado duradouro para a literatura americana.
Suas obras continuam a ser lidas e apreciadas em todo o mundo, por sua capacidade de divertir, provocar reflexões e nos fazer repensar a sociedade em que vivemos.
Mark Twain – fonte da imagem: https://shorturl.at/TOCQ8
UMA CURIOSIDADE SOBRE MARK TWAIN
Sua autobiografia, que foi sua última obra, foi ditada a uma secretária de maneira não linear e não cronológica. Editores e organizadores, no entanto, reestruturaram a obra em formato convencional.
Com isso, ocorreu a perda do humor característico de Twain e da fluidez original do texto.
O primeiro volume da autobiografia, com mais de 700 páginas, foi publicado pela Universidade da Califórnia em 2010, de acordo com o desejo do autor de que a obra só fosse lançada 100 anos após sua morte. O sucesso inesperado do livro garantiu a Twain um lugar como um dos poucos autores com best-sellers publicados nos séculos XIX, XX e XXI.
Twain foi definido por William Faulkner como o “pai da literatura americana”.
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