Voltaire e a liberdade

François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (1694-1778), foi um dos maiores filósofos e escritores do Iluminismo, mas sua língua afiada quase custou sua liberdade—e sua vida. Em 1717, ainda jovem, ele foi preso na temida Bastilha por satirizar o regente da França, o duque de Orléans, em versos irreverentes.

Durante os quase onze meses encarcerado, Voltaire não perdeu tempo: aproveitou a solidão da cela para escrever “Édipo”, a peça que o tornaria famoso.

Mas, mais do que isso, ele aprendeu uma lição crucial: a inteligência poderia ser sua maior arma, mas também seu maior risco. Assim que foi libertado, fingiu se reconciliar com o poder e, com astúcia, construiu sua reputação literária enquanto desafiava as autoridades com escritos ácidos e provocadores.

Anos depois, em 1726, após insultar um nobre em público, Voltaire foi novamente ameaçado de prisão. Para evitar outro confinamento, ele tomou uma decisão radical: exilou-se na Inglaterra, onde estudou as ideias de Locke e Newton. Essa experiência influenciaria profundamente sua visão sobre liberdade e governo, moldando obras essenciais como “Cartas Filosóficas”.

Assim, a prisão e o exílio acabaram sendo cruciais para transformar Voltaire no símbolo do pensamento crítico e da defesa da razão.

VOLTAIRE – VIDA & OBRA: UM RESUMO

François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (1694-1778), foi um dos maiores expoentes do Iluminismo francês, um escritor prolífico e um filósofo cujas ideias moldaram o pensamento moderno. Nascido em Paris, Voltaire desafiou as convenções sociais e religiosas de sua época, utilizando sua escrita afiada e satírica para criticar a intolerância, a injustiça e o poder arbitrário. Sua vida foi marcada por conflitos com a autoridade, resultando em períodos de prisão e exílio, mas sua determinação em defender a liberdade de expressão e a razão nunca vacilou.

Voltaire produziu uma vasta obra que abrangeu diversos gêneros literários, incluindo peças de teatro, poemas, romances, ensaios e correspondências.

Entre suas obras mais famosas, destacam-se “Cândido, ou o Otimismo” (1759), uma sátira mordaz da filosofia otimista, e “Tratado sobre a Tolerância” (1763), um apelo apaixonado à liberdade religiosa. Suas críticas à Igreja Católica e ao absolutismo monárquico o tornaram uma figura controversa, mas também um símbolo da luta contra a opressão.

O legado de Voltaire transcende sua época, influenciando gerações de pensadores e ativistas que lutam por um mundo mais justo e tolerante. Sua defesa da razão, da liberdade e da igualdade continua a ser relevante nos dias de hoje, tornando-o um dos maiores defensores dos direitos humanos na história.

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