As duas mortes de Hemingway

Ernest Hemingway (1899-1961) sempre viveu como escrevia: intensamente, sem freios, como se cada dia fosse o último. Amante de touradas, fã de safáris e participante em guerras, o autor de “O Velho e o Mar” e “Por Quem os Sinos Dobram” tinha um vício secreto: desafiar a morte. Mas, em 1954, ela quase levou a melhor.

Hemingway e sua esposa, Mary, estavam em um safári na África quando decidiram sobrevoar o rio Congo em um pequeno avião. O que deveria ser um passeio tranquilo transformou-se em desastre quando a aeronave colidiu com um bando de pássaros e caiu no meio da selva. Hemingway e Mary sobreviveram milagrosamente, mas estavam feridos e isolados, sem comunicação.

Por horas, caminharam entre elefantes e leões até encontrarem um grupo de nativos que os resgataram e os levaram para um vilarejo remoto.

De lá, conseguiram um barco até Entebbe, onde um segundo avião os aguardava. Alívio? Não por muito tempo.

Ao tentar decolar, a nova aeronave explodiu na pista. Hemingway, que já estava machucado, sofreu queimaduras e fraturas. Mas, em vez de desmoronar, fez o que sempre fazia: riu da própria sorte.

No dia seguinte, os jornais já publicavam obituários prematuros. A notícia da morte do escritor correu o mundo — só para ele reaparecer em um hotel de Uganda, com bandagens na cabeça e uma garrafa de gim na mão. Agora vem a parte em que as lendas se misturam com a realidade. Dizem que, quando jornalistas perguntaram como se sentia, Hemingway respondeu com um sorriso torto:

— “Nada que um bom drinque não cure.”

E assim, desafiando estatísticas e até mesmo o destino, o velho leão da literatura voltou para casa, ferido, mas triunfante. Afinal, para Hemingway, a vida nunca foi sobre sobreviver — e sim sobre viver ao máximo.

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Ernest Hemingway trabalhando – fonte da imagem: https://shorturl.at/znj0F

SAIBA MAIS SOBRE A VIDA E A OBRA DE HEMINGWAY

Ernest Miller Hemingway, um dos mais influentes escritores do século XX, nasceu em Oak Park, Illinois, em 1899, e faleceu em Ketchum, Idaho, em 1961. Sua escrita, marcada por um estilo conciso e direto, explorava temas como a guerra, a masculinidade, a natureza e a condição humana, refletindo suas próprias experiências de vida.

Juventude e Primeira Guerra Mundial:

Ainda jovem, Hemingway trabalhou como jornalista no jornal “The Kansas City Star” e, apesar de ter sido rejeitado pelo exército devido a problemas de visão, alistou-se como motorista de ambulância na Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial. Sua experiência na Itália, onde se apaixonou pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, inspirou seu romance “Adeus às Armas”.

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Paris e a “Geração Perdida”:

Após a guerra, Hemingway mudou-se para Paris, onde trabalhou como jornalista e se juntou à comunidade de escritores expatriados conhecida como “Geração Perdida”. Nesse período, conheceu importantes figuras literárias como Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein, que influenciaram sua formação como escritor.

Espanha, Guerra Civil Espanhola e Casamentos:

A Espanha teve um papel importante na vida e na obra de Hemingway. Ele se apaixonou pela cultura espanhola, especialmente pela tauromaquia (touradas), tema que explorou em seu livro “O Sol Também Se Levanta”. Durante a Guerra Civil Espanhola, trabalhou como correspondente de guerra e se aliou às forças republicanas contra o fascismo, experiência que inspirou sua obra-prima “Por Quem os Sinos Dobram”. Hemingway casou-se quatro vezes e teve diversos relacionamentos amorosos.

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Cuba e o Prêmio Nobel:

Após a Segunda Guerra Mundial, Hemingway se instalou em Cuba, onde escreveu “O Velho e o Mar”, um de seus livros mais famosos, que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de Ficção em 1953. Em 1954, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra.

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Suicídio:

Ao longo de sua vida, Hemingway enfrentou problemas de saúde física e mental, incluindo depressão e alcoolismo. Em 1961, aos 61 anos, ele cometeu suicídio com um rifle de caça em Ketchum, Idaho.

O legado de Hemingway:

Ernest Hemingway é considerado um dos maiores escritores do século XX, conhecido por seu estilo de escrita conciso e impactante, que influenciou gerações de escritores. Suas obras exploram temas universais como a coragem, o amor, a perda e a luta do ser humano contra as adversidades.

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