O dia em que F. Scott Fitzgerald tentou comprar sucesso

[DISCLAIMER] Embora seja difícil confirmar todos os detalhes da história a seguir, ela é consistente com a personalidade e a trajetória de F. Scott Fitzgerald. A anedota serve como um retrato vívido da insegurança e da obsessão do autor com a fama, temas que também são explorados em sua obra. Vamos à narrativa, então!

F. Scott Fitzgerald (1896-1940), autor de O Grande Gatsby, sempre teve uma relação complicada com o dinheiro. Fascinado pelo glamour da alta sociedade, ele viveu entre festas luxuosas e dívidas crescentes. Mas houve um episódio em que sua obsessão pelo sucesso o levou a uma tentativa inusitada—e quase patética—de comprar sua própria fama.

Em 1920, logo após publicar seu primeiro romance, Este Lado do Paraíso, Fitzgerald estava ansioso para garantir que o livro fosse um sucesso.

Após uma bebedeira em Nova York, ele teve uma ideia ousada: comprar todas as cópias disponíveis do próprio livro para impulsionar as vendas e colocá-lo na lista de best-sellers.

Ele entrou em uma livraria, pegou o máximo de exemplares que conseguiu carregar e foi até o caixa. O atendente, confuso, perguntou:

— Você gosta tanto assim desse livro?

Fitzgerald sorriu, hesitou por um segundo e respondeu:

— Eu o escrevi.

Apesar desse gesto impulsivo, o plano era desnecessário. Este Lado do Paraíso foi um sucesso genuíno, tornando Fitzgerald um dos autores mais celebrados da época. Mas sua insegurança e a necessidade constante de validação continuariam a assombrá-lo, assim como o próprio Gatsby, que buscava desesperadamente um brilho que sempre parecia escapar de suas mãos.

F.SCOTT FITZGERALD UM RESUMO DA VIDA & OBRA

F. Scott Fitzgerald (1896-1940) foi um dos maiores escritores americanos do século XX, célebre por capturar o espírito da Era do Jazz com seus deslumbrantes excessos e profundas desilusões. Nascido em Minnesota, teve uma educação privilegiada e frequentou a Universidade de Princeton, onde começou a aprimorar seu talento literário. Seu primeiro romance, Este Lado do Paraíso (1920), foi um sucesso instantâneo, tornando-o uma estrela da literatura e garantindo-lhe fama e riqueza ainda jovem.

Ao lado de sua esposa, Zelda Sayre, Fitzgerald personificou o glamour dos anos 1920, vivendo intensamente os prazeres e excessos da época. No entanto, por trás do brilho, sua vida foi marcada por turbulências: o alcoolismo, dificuldades financeiras e o colapso mental de Zelda trouxeram desafios constantes. Mesmo em meio às adversidades, ele continuou a escrever, produzindo clássicos como O Grande Gatsby (1925), sua obra-prima atemporal, e Suave é a Noite (1934), um retrato sensível e melancólico do declínio emocional e social.

Com a chegada da década de 1930, a popularidade de Fitzgerald desmoronou, e ele passou seus últimos anos em Hollywood, trabalhando como roteirista para sustentar-se enquanto lutava contra problemas de saúde e o alcoolismo. Sua morte precoce, aos 44 anos, interrompeu uma carreira brilhante, mas sua obra, marcada por uma prosa refinada, personagens inesquecíveis e uma visão crítica e poética da sociedade americana, continua a ser celebrada como um dos maiores legados literários do século XX.