John Keats, o poeta que queria seu nome escrito em água

John Keats (1795-1821), um dos maiores poetas do Romantismo inglês, morreu jovem e na pobreza, sem saber que sua obra se tornaria imortal. Sofrendo de tuberculose, ele partiu para Roma em 1820, buscando um clima mais ameno, mas sua saúde só piorou. No dia 23 de fevereiro de 1821, aos 25 anos, Keats faleceu em um pequeno apartamento próximo à Praça da Espanha, com seu amigo Joseph Severn ao lado.

O funeral foi um reflexo da sua vida: simples, melancólico e quase ignorado.

Como a tuberculose era temida, as autoridades italianas ordenaram que todos os seus pertences fossem queimados para evitar contágio. Pouquíssimas pessoas compareceram ao enterro, realizado no Cemitério Protestante de Roma. Em sua lápide, Keats pediu que não colocassem seu nome—apenas a frase: “Here lies One Whose Name was writ in Water” (Aqui jaz alguém cujo nome foi escrito na água), acreditando que seu trabalho logo seria esquecido.

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Ironicamente, Keats tornou-se uma lenda. Sua poesia influenciou gerações, de T.S. Eliot a Jorge Luis Borges.

E aquele túmulo solitário em Roma tornou-se um local de peregrinação para amantes da literatura, provando que seu nome jamais se dissolveu nas águas do tempo.

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JOHN KEATS – VIDA & OBRA: UM RESUMO

John Keats (1795-1821) foi um dos mais notáveis poetas do romantismo inglês, conhecido por sua poesia lírica, sensorial e profundamente emotiva. Nascido em Londres, teve uma educação modesta e inicialmente seguiu a carreira de cirurgião-aprendiz. No entanto, sua paixão pela literatura o levou a abandonar a medicina para se dedicar integralmente à poesia. Influenciado por autores como William Shakespeare, John Milton e Edmund Spenser, Keats explorou temas como beleza, natureza, amor e a transitoriedade da vida, frequentemente associando a arte e a estética à mortalidade.

Apesar de sua curta vida, Keats deixou um legado impressionante, com obras que se tornaram marcos da literatura inglesa.

Seus poemas mais célebres incluem Ode a um Rouxinol, Ode a uma Urna Grega e Para Outono, onde demonstra sua maestria na criação de imagens vívidas, musicalidade refinada e uma sensibilidade quase etérea. Ele também desenvolveu o conceito de capacidade negativa, a habilidade de aceitar a incerteza e o mistério sem a necessidade de explicações racionais, um princípio que influenciou gerações de escritores e filósofos.

Keats morreu de tuberculose em Roma, aos 25 anos, sem ter recebido o reconhecimento merecido. Embora tenha enfrentado críticas severas durante sua vida, sua reputação cresceu significativamente após sua morte.

Sua poesia influenciou autores como Lord Tennyson, Wilfred Owen e os poetas modernistas W.B. Yeats e T.S. Eliot, além de escritores contemporâneos que buscam capturar a musicalidade e a intensidade emocional de sua obra.

Hoje, Keats é celebrado como um dos maiores poetas da língua inglesa, cuja visão sobre a beleza e a efemeridade da existência continua a ecoar na literatura e na cultura mundial.

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