Virginia Woolf (1882-1941), uma das mais influentes escritoras do século XX, era conhecida por sua prosa inovadora e sua mente inquieta. Mas, antes de se tornar um ícone da literatura modernista, protagonizou um dos episódios mais peculiares da história britânica.
Em 1910, Woolf e um grupo de intelectuais conhecidos como o Círculo de Bloomsbury armaram uma elaborada pegadinha contra a Marinha Real Britânica.
Disfarçados de príncipes abissínios, com turbantes, túnicas e rostos tingidos de marrom, eles convenceram os oficiais do HMS Dreadnought—o navio de guerra mais poderoso da época—de que eram uma delegação estrangeira em visita diplomática. Woolf, esguia e reservada, assumiu o papel de um dos supostos nobres e passou a tarde explorando o navio enquanto os marinheiros faziam reverências e apresentavam suas armas mais avançadas.
Para tornar a farsa ainda mais absurda, o grupo inventou um idioma incompreensível, misturando palavras em latim e grego com expressões sem sentido, e a cada demonstração diziam animadamente: “Bunga! Bunga!” Os oficiais, sem perceberem o engano, ficaram encantados com a suposta realeza africana e os trataram com todas as honras.
Quando a história foi revelada nos jornais, a Marinha Britânica virou motivo de piada nacional.
Woolf e seus amigos escaparam sem punição, mas o episódio ficou marcado como um dos trotes mais ousados da história britânica—e um lembrete de que, por trás da autora séria e introspectiva, havia também um espírito brincalhão e irreverente.
VIRGINIA WOOLF – VIDA & OBRA: UM RESUMO
Virginia Woolf (1882-1941) foi uma das mais importantes escritoras britânicas do século XX e uma das principais vozes do modernismo literário. Nascida em Londres em uma família intelectualmente privilegiada, cresceu cercada por livros e debates eruditos. Seu pai, Leslie Stephen, crítico literário renomado, introduziu-a desde cedo ao mundo das letras, e sua casa era frequentada por grandes pensadores da época. No entanto, sua juventude também foi marcada por perdas traumáticas: a morte de sua mãe, quando Virginia tinha apenas 13 anos, desencadeou o primeiro de muitos episódios depressivos que a acompanhariam por toda a vida.
Em 1912, casou-se com Leonard Woolf, escritor e teórico político, com quem fundou a Hogarth Press, editora responsável por publicar obras inovadoras de autores como T.S. Eliot e Katherine Mansfield, além de seus próprios trabalhos.
Sua escrita revolucionária desafiou as convenções narrativas da época, explorando a subjetividade e o fluxo de consciência para revelar as complexidades da mente humana.
Romances como Mrs. Dalloway (1925), Ao Farol (1927) e Orlando (1928) demonstram sua maestria em captar as sutilezas das emoções e relações interpessoais, consolidando-a como uma das mais inovadoras prosadoras da literatura.
Além da ficção, Woolf deixou um legado essencial no ensaísmo, com obras como Um Quarto que Seja Seu (1929), um manifesto feminista que discute a importância da independência financeira e intelectual para as mulheres escritoras. Enfrentando crises depressivas severas e atormentada pelo medo da loucura, Woolf tirou a própria vida em 1941. Apesar de sua trajetória trágica, sua obra continua a influenciar gerações de leitores e escritores, reafirmando seu lugar como uma das figuras mais marcantes da literatura mundial.
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