William Blake William Blake

William Blake: poeta, louco ou visionário? – primeira parte

William Blake (1757 – 1827) foi um poeta, pintor e gravurista inglês. O artista não foi reconhecido em vida, entretanto se tornou uma figura de destaque na história da poesia e da arte visual, principalmente na Era Romântica. Esse movimento artístico teve origem na Europa no fim do século XVIII e enfatizava a experiência estética e a imaginação em detrimento de outros valores. 

Na verdade, conforme veremos ao fim deste post, sua influência reverbera até nossos dias. 

Realmente, esse artista singular, de forte inclinação mística, produziu uma coleção diversificada e simbolicamente rica de obras, na qual podemos destacar:

  • O poema The Tyger,
  • A controversa obra O casamento entre o Céu e o Inferno
  • e as aquarelas do Dragão Vermelho.
“O dragão vermelho e a mulher vestida de sol” – William Blake | Museu do Brooklyn, EUA – fonte: https://shorturl.at/Rmei8

Pois bem. Vamos por partes, pois quando se trata de Blake, conteúdo é o que não falta. Sendo assim, reservamos este primeiro artigo para falar do poema citado acima. Os demais temas serão abordados posteriormente. A gente te avisa no Insta. 😉

Primeiramente, note que William Blake escreveu “tiger” como “tyger” em seu célebre poema “The Tyger”. Essa grafia pode ser interpretada como uma forma de evocar um sentido de exotismo e misticismo, alinhando-se aos temas de criação e do sublime contidos no poema. Ao usar “tyger”, Blake também enfatiza a natureza feroz e poderosa do animal, contribuindo para a atmosfera geral e quiçá apontando significados mais profundos na leitura. Não sei. Mas achei que era por aí. Além disso, percebi que a palavra “quiçá” cairia bem aqui e usei. 😊

Enfim, talvez a grafia arcaica adicione uma qualidade atemporal ao texto, fazendo o leitor sentir que está explorando algo antigo e subastancial. Porque de fato está, como veremos a seguir. 

Mas, antes de prosseguirmos,vamos ler essa maravilha:

The Tyger

Tyger Tyger, burning bright,
In the forests of the night;
What immortal hand or eye,
Could frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies.
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand, dare seize the fire?

And what shoulder, & what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? & what dread feet?

What the hammer? what the chain,
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp,
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears
And water’d heaven with their tears:
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?

Tyger Tyger burning bright,
In the forests of the night:
What immortal hand or eye,
Dare frame thy fearful symmetry?

E abaixo está a tradução de José Paulo Paes (1926-1998), poeta, tradutor, ensaísta e crítico literário brasileiro:

O TYGRE

Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas de noite inflama,
Que olho ou mão imortal podia
Traçar-te a horrível simetria?

Em que abismo ou céu longe ardeu
O fogo dos olhos teus?
Com que asas atreveu ao vôo?
Que mão ousou pegar o fogo?

Que arte & braço pôde então
Torcer-te as fibras do coração?
Quando ele já estava batendo,
Que mão & que pés horrendos?

Que cadeia? que martelo,
Que fornalha teve o teu cérebro?
Que bigorna? que tenaz
Pegou-te os horrores mortais?

Quando os astros alancearam
O céu e em pranto o banharam,
Sorriu ele ao ver seu feito?
Fez-te quem fez o Cordeiro?

Tygre, Tygre, viva chama
Que as florestas da noite inflama,
Que olho ou mão imortal ousaria
Traçar-te a horrível simetria?

Uau! É incrível, não é? Você quase pode sentir o hálito da fera. Este poema é uma obra-prima. Depois de ler, reler e tentar decorar – tanto em inglês quanto em português – esses versos, após saborear cada palavra de todas as formas, bêbado ou sóbrio, confesso que elas permanecem enigmáticas. Mas decifrar para quê?

Meu medo, quase um instinto, mesmo trabalhando com isso há tanto tempo, é racionalizar demais, porque toda tentativa de interpretação mata um pouco da obra de arte. Ou dilui seu impacto, não sei. É um temor impreciso, vago; nem por isso menos real. Ao mesmo tempo, a tentação de descobrir “como o mágico faz o truque” é grande. 

Enfim, alguém mais inteligente que eu já escreveu certa vez que tentar decifrar o conjunto de sensações grandiosas que temos ao ouvir um quarteto de cordas, contemplar uma pintura magistral ou ler um livro perfeito é um erro. Porque é algo análogo a “tentar destecer um arco-íris”. 

Sim, esse autor, cujo nome agora me escapa, talvez tenha razão, mas eu, burro velho que não aprende nunca, vou tentar fazer justamente isso aqui. Destecer o arco-íris. Acompanhe. 

William Blake e o Tygre: um poema questionador 

“O Tigre” (ou “Tygre”, se preferir), como toda grande obra de arte, dá margem a muitas interpretações. No entanto, suas rimas fortes e insistentes conduzem com eficiência o conceito central na mente do leitor.

Assim, o poema de Blake levanta, gradualmente, algumas questões perturbadoras. De forma resumida, é um poema no qual o poeta questiona o propósito da criação da fera e quem de fato seria seu criador. Cada estrofe levanta perguntas específicas encaminhadas a um sujeito vago.

O poema questiona principalmente a existência de Deus e seus atributos metafísicos.

Simultaneamente, refere-se às múltiplas características corpóreas do tigre como uma verdadeira obra de arte. O eu-lírico se pergunta como o criador teria se sentido após completar tal criação.

Será possível que Ele, capaz de criar uma fera que beira o demoníaco, também tenha sido o criador do cordeiro? (uma evidente alusão a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus). Como isso é possível? E por quê? 

“Did He smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?”

Uma interpretação possível é que o animal representaria o próprio lado destrutivo de Deus, cuja ira foi amplamente retratada no Antigo Testamento. Uma ira bastante diferente da humana, é preciso que se note. No caso divino, ela é santa e só ocorre quando suas Leis previamente estabelecidas são deliberadamente quebradas. Ou seja, é a justa punição aos transgressores. 

Alguns exemplos da ira divina que podem ter inspirado William Blake 

A ira de Deus no Antigo Testamento é evidente em eventos como o Dilúvio e o Êxodo (Gn 7-9; Ex 1-15), sendo uma resposta direta à desobediência humana. A idolatria de Israel, detalhada em Salmos 78:56-66, provocou a ira divina. Profetas como Sofonias (1:14-15) anunciavam um “dia da ira” futuro. Contudo, o arrependimento era a via para escapar do castigo, como ensinado em Deuteronômio 1:26-46.

No Novo Testamento, a ira divina permanece, como ilustra a parábola do rico e Lázaro (Lc 16:19-31). Jesus enfatiza a importância da fé em Cristo para a salvação da ira, afirmando em João 3:36 que quem rejeita o Filho permanece sob a ira divina.

Um pecador solitário presencia a Ira de Deus.

A estrutura e forma do Tygre

“O Tygre”, de William Blake, consiste de seis estrofes, cada uma com quatro linhas. O poema flui com uma sincronização rítmica (AABB) e um metro regular (um tipo de  tetrâmetro trocaico catalético, mas não vamos entrar nesses detalhes demasiadamente técnicos). O que é importante saber é que a batida constante é relevante por causa da imagem de um ferreiro fabricando a fera mencionada no texto.

O poema é escrito com clareza e uniformidade estruturais. E parece conduzir lentamente para a questão final. As primeira e última estrofes são semelhantes, com as palavras “could” e “dare” trocadas.

A obra, em determinados momentos, é todo composta por perguntas ao divino, com pelo menos treze indagaçoes diferentes feitas ao todo.

O eu-lírico parece preocupado não apenas com o método empregado pelo criador para moldar uma criatura tão magnífica, mas, mais ainda, com quem seria o próprio criador?

Se foi mesmo Deus quem criou o tigre, que tipo de criador ele é? Uma interpretação possível: ao se referir à natureza temível do tigre ao longo do texto, Blake está, também, se referindo ao lado mais sombrio da própria vida. Faz sentido, uma vez que o tigre para viver come o cervo. A águia, come o peixe. O peixe grande, come o pequeno. A aranha tece teias para comer moscas. E assim sucessivamente.

Na natureza em estado puro,viver implica em matar. Desse ponto de vista, violência e destruição são indissociáveis da própria vida. Logo, indissociáveis da própria obra sublime do Criador. É um cenário paradoxal que pode ser assustador. 

E é claro que nem todos os veganos do mundo serão capazes de convencer as raposas a desistirem do delicioso sabor de galinhas. 😂

Misticismo, transgressão, profecias, controvérsias e rugidos que parecem ecoar de outras realidades. SAIBA MAIS: https://amzn.to/3YdWVkn

Dissecando o Tygre de William Blake 

Versos que abrem o poema:

“Tyger Tyger, burning bright,

In the forests of the night;

What immortal hand or eye,

Could frame thy fearful symmetry?”

O verso inicial já se refere ao Tygre afirmando sua beleza, mas reconhecendo também o quanto ela é terrível. E o poeta pergunta, sem maiores rodeios, que mão ou olho imortal poderia ter concebido tal criatura? Blake engendra metáforas poderosas, como a primeira, “burning bright” (“ardendo intensamente”), que se refere à pelagem amarela brilhante da fera enquanto ela vagueia livremente na floresta, pela noite.

A pergunta que fica no ar parece ser: um Deus bondoso criaria algo tão belo e capaz de matar um ser humano em segundos?

A “simetria assustadora” das listras negras reforça ainda mais o caráter artístico da criação assassina, cujos detalhes esmerados a tornam ainda mais atraente aos olhos, mas nem por isso menos letal.

Segunda estrofe do Tygre de William Blake 

“In what distant deeps or skies.

Burnt the fire of thine eyes?

On what wings dare he aspire?

What the hand, dare seize the fire?”

Os olhos flamejantes da criatura adquirem mais importância. Essa característica fascinante aponta para o sobrenatural, como se um ser como esse só pudesse ter vindo do céu ou do inferno. Então talvez seja hora de riscarmos de nosso caderno de anotações a hipótese de que a fera pertença ao reino da natureza. 

A terceira linha falando em asas parece estar aí propositalmente para desorientar o leitor, uma vez que na iconografia tradicional elas são sempre associadas a anjos. 

O último verso é quase insolente: “Que mão ousou manipular tal chama?”

“What the hand, dare seize the fire?”

A terceira estrofe do Tygre de William Blake 

“And what shoulder, & what art,

Could twist the sinews of thy heart?

And when thy heart began to beat,

What dread hand? & what dread feet?”

Aqui (heresia?) são discutidas as possíveis características físicas de um Criador Todo Poderoso. De novo, é como se alguém contemplasse a fera e olhasse para o céu vazio, atônito, perguntando: “Foi Você que o fez mesmo, Senhor?” 

A quarta estrofe

“What the hammer? what the chain,

In what furnace was thy brain?

What the anvil? what dread grasp,

Dare its deadly terrors clasp?”

Aqui vemos o Criador como um ferreiro, numa alegoria magistral. Martelando sem parar, com empenho, com esforço, com suor e no calor do fogo, esse artífice extrai de um metal sobrenatural a carne e osso e listra e músculo da fera viva e aterradora. 😱

A quinta estrofe do Tygre de William Blake 

“When the stars threw down their spears

And water’d heaven with their tears:

Did he smile his work to see?

Did he who made the Lamb make thee?”

Esta primeira linha parece uma alusão à obra Paraíso Perdido, clássico poema épico de John Milton, e se refere à queda do anjo que acabou se tornando o adversário de Deus e de toda a humanidade. E de novo, será que Ele sorriu vendo a besta quase demoníaca; será que ele também criou o Cordeiro?

Aqui vamos abrir um parênteses enorme: se voce está curtindo esta análise e amou este poema, não deixe de conhecer “Paraíso Perdido”. Publicado em 1667, no tumultuado cenário da Inglaterra puritana, esse trabalho de John Milton se inscreve na ilustre linhagem dos grandes poemas épicos ocidentais, como a “Ilíada” e a “Odisseia”.

Nesta obra monumental, Milton, um dos maiores pensadores de sua época, explora temas profundos sobre o bem e o mal, a liberdade e o destino. A presente edição bilíngue, com a tradução impecável de Daniel Jonas, convida o leitor a uma jornada épica, acompanhada pelas vibrantes ilustrações de Gustave Doré e pelos insights preciosos de Harold Bloom.

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A última estrofe e a repetição final

“Tyger Tyger burning bright,

In the forests of the night:

What immortal hand or eye,

Dare frame thy fearful symmetry?”

A última estrofe é a repetição da primeira como um coro. O poeta substituiu a palavra “could” (no sentido de “ter a capacidade de”) por “dare'” (ousar). Nesta parte, o poema assume um tom insolente, rebelde. E as perguntas continuam sem respostas. 

Temas

Para entendermos a fundo a temática do poema, precisamos considerar a possibilidade de Blake acreditar que todas as entidades vivas devem refletir seu criador de alguma forma. O “tygre” é, essencialmente, uma criatura lindamente enigmática que, ao mesmo tempo, causa pavor. E não por acaso, na tradição religiosa preponderante na época em que o autor viveu, o termo “homem temente a Deus” era visto como um distintivo de honradez. Portanto, talvez não seja viajar muito longe pensar na criatura como uma manifestação física de Deus. Talvez seja Seu aspecto destruidor, quando lança sobre os pecadores sua justa ira.

Daí o questionamento constante sobre o Criador onisciente: “Senhor, como podes ser ao mesmo tempo tão violento e tão magnífico?”

A alusão final ao cordeiro pode denotar uma referência a outro poema do próprio Blake intitulado “O Cordeiro” que, transcrito abaixo, nos dá a oportunidade de contrastar o dócil animal com o tygre. 

The Lamb

 
Little Lamb who made thee 
         Dost thou know who made thee 
Gave thee life & bid thee feed. 
By the stream & o’er the mead;
Gave thee clothing of delight,
Softest clothing wooly bright;
Gave thee such a tender voice,
Making all the vales rejoice! 
         Little Lamb who made thee 
         Dost thou know who made thee 
 
         Little Lamb I’ll tell thee,
         Little Lamb I’ll tell thee!
He is called by thy name,
For he calls himself a Lamb: 
He is meek & he is mild, 
He became a little child: 
I a child & thou a lamb, 
We are called by his name.
         Little Lamb God bless thee. 
         Little Lamb God bless thee.
 

O Cordeiro – traduzido por Raphael Soares

Cordeiro, quem te fez?
Sabes tu quem te fez?
Deu-te vida & alimento
Na nascente no relento;
Vestiu-te em gozos, louçã,
De finas vestes de lã;
Deu-te tenra voz também,
Para alegrar vales & além?
Cordeiro, quem te fez?
Sabes tu quem te fez?

Cordeiro, te direi;
Cordeiro, te direi:
O teu nome tem inteiro,
Pois Ele chama-se cordeiro.
Ele é meigo, & sem tardança
Veio aqui como criança.
Sou criança, & tu cordeiro,
Chamados por Seu nome inteiro.
Cordeiro, Deus te guarde!
Cordeiro, Deus te guarde!

O Cordeiro do poema que faz “par” com a ferocidade do Tygre.

Concluindo, apesar de consistir quase que inteiramente de perguntas sem respostas, “O Tygre” não decepciona. Seu ritmo é intenso, as imagens são poderosas e há admiração autêntica pelo mistério que é, afinal, a própria vida. 

Conclusão 

Em um período marcado por profundas transformações sociais e culturais, William Blake emergiu como uma das vozes mais originais e desafiadoras da poesia inglesa. Seus escritos, repletos de simbolismo e misticismo, reverberam até hoje, desafiando as convenções e convidando o leitor a uma jornada espiritualizada. Não por acaso, seu nome foi relembrado e revigorado nas décadas de 1960 e 1970. Nessa época, seu trabalho foi tão influente quanto o de Carl Jung ou quanto os livros da geração beat para aqueles que buscavam forjar uma nova era menos materialista. E é claro que Blake continua sendo um vislumbre para outras possibilidades de existência em uma sociedade que destrói seu próprio planeta movida por um irrefreável consumismo.

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William Blake desenvolveu sua visão de mundo a partir de um profundo conflito entre razão e imaginação.

Por isso sua obra, rica em detalhes e nuances, revela a gênese de um universo poético singular, onde a mitologia pessoal se entrelaça com questões existenciais e políticas.

Através de poemas como “As Canções de Inocência e Experiência” e “O Matrimônio do Céu e do Inferno”, Blake explora a dualidade da natureza humana, o conflito entre o bem e o mal, e a busca pela libertação espiritual. Em obras como “América, uma Profecia” e a “Bíblia do Inferno”, o poeta engaja-se em uma crítica ferrenha à sociedade industrial e à religião organizada, defendendo a importância da imaginação como força libertadora.

A obra de Blake desafiou os cânones literários de sua época e continua a provocar debates até os dias de hoje. Críticos como T.S. Eliot, embora admirassem o gênio de Blake, o consideravam um poeta “ingênuo” por sua falta de adesão às tradições literárias. No entanto, a originalidade e a profundidade da poesia de Blake residem justamente em sua capacidade de transcender as convenções e oferecer uma visão única e provocativa da condição humana.

O livro “Visões”, cujo link incluímos acima,  reúne onze livros que Blake publicou de 1789 a 1795, e que evidenciam a coerência essencial de sua obra, afastando definitivamente a distorcida percepção de insanidade do autor.

Bem, como frases de efeito como esta que destacamos abaixo, é compreensível que alguns fossem céticos quanto à sanidade mental do poeta:

“Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não”.

Felizemente era só “marketing”, conceito que nem existia na época. De louco ele não tinha nada. 

Na “Bíblia do Inferno” estão os personagens mitológicos Urizen e Los, cruciais para a mensagem de Blake: Los representa o Poeta e a Imaginação humana; Urizen, a encarnação da razão, o criador de leis tirânicas; ambos em constante conflito.

Na terminologia blakeana, alcança-se a plenitude espiritual através da imaginação.

O genial autor de Admirável Mundo Novo também foi influenciado pela poesia de Blake. SAIBA MAIS: https://amzn.to/4dzqPDX

“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo se mostraria ao homem tal como é: infinito.”

“As portas da percepção” foi o título escolhido por Aldous Huxley para seu livro de relatos de experiências psicodélicas com a mescalina. E que inspirou o nome da banda The Doors. Que aliás é uma das bandas preferidas deste humilde escriba. Aproveite e confira uma edição limitada dos maiores sucessos da banda em vinil branco, chiquérrimo. Na Amazon: https://amzn.to/4dyZ6TT

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