Fernando Pessoa (1888-1935) era um poeta fragmentado, dono de múltiplas identidades literárias. Criou heterônimos que pareciam ter vida própria—Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Bernardo Soares—mas, além da literatura, tinha outra obsessão: o esoterismo.
Desde jovem, Pessoa se interessava por ocultismo, astrologia e comunicações com o além.
Dizia ter recebido mensagens misteriosas e, em 1930, fez algo inusitado: encontrou-se com o escritor inglês Aleister Crowley, famoso ocultista e figura controversa da época.
Através de estudos astrológicos e experiências com escrita automática, Pessoa afirmava estar em contato com espíritos.
O fascínio pelo esoterismo o acompanhou até o fim da vida. No dia de sua morte, em 30 de novembro de 1935, suas últimas anotações conhecidas, escritas em inglês, foram “I know not what tomorrow will bring” (“Não sei o que o amanhã trará”) e “Thy will be done” (“Seja feita a Vossa vontade”).
Talvez nem os espíritos tenham lhe dado essa resposta. Mas, décadas depois, sua obra segue viva—como se ele, afinal, tivesse encontrado um jeito de continuar se comunicando com o mundo.
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FERNANDO PESSOA: VIDA & OBRA // UM RESUMO
Fernando Pessoa (1888-1935) foi um dos maiores poetas da língua portuguesa e uma das figuras mais enigmáticas da literatura mundial. Nascido em Lisboa, passou parte da infância na África do Sul, onde recebeu educação em inglês, algo que influenciaria profundamente sua escrita. Pessoa era um homem de rotina discreta, trabalhando como tradutor e escrevendo compulsivamente. No entanto, sua genialidade se revelava na multiplicidade de vozes que criou: além de assinar poemas como ele mesmo, desenvolveu heterônimos—personalidades literárias completas com estilos, biografias e visões de mundo próprias. Entre eles, destacam-se Álvaro de Campos, o engenheiro modernista e impulsivo; Ricardo Reis, o poeta clássico e racionalista; e Alberto Caeiro, o mestre bucólico e intuitivo.
Sua obra reflete uma profunda inquietação filosófica, explorando temas como a identidade, a fragmentação do eu e o sentido da existência.
Em Mensagem (1934), seu único livro publicado em vida, revisita o mito e a história de Portugal, entrelaçando nacionalismo e simbolismo místico. No entanto, foi com a publicação póstuma de sua vasta produção que Pessoa ganhou reconhecimento mundial. Seu Livro do Desassossego, atribuído ao semi-heterônimo Bernardo Soares, é uma obra-prima introspectiva, misto de diário e meditação existencial. A influência do simbolismo, do modernismo e do ocultismo é visível em sua poesia e prosa, tornando-o uma figura única no panorama literário.
A importância de Pessoa vai além da inovação formal e da riqueza poética: ele expandiu os limites da literatura ao criar um universo literário dentro de si mesmo.
Sua influência se espalhou por autores como José Saramago, Jorge Luis Borges, Octavio Paz e Harold Bloom, além de impactar a poesia contemporânea. Sua capacidade de se desdobrar em múltiplas vozes antecipou questões da pós-modernidade sobre identidade e autoria. Hoje, Fernando Pessoa continua a intrigar e fascinar leitores, provando que, apesar de dizer que “o poeta é um fingidor”, sua genialidade foi absolutamente real.
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